QUEIMADAS CAUSAM PREJUÍZOS A PRODUTORES RURAIS.

Aprosoja diz que vai pedir apoio da Força Nacional.

As queimadas se intensificaram no mês de setembro no Maranhão, principalmente nas regiões sul e oeste do estado. Foram 4214 focos registrados até o dia 28/09, o mês considerado o mais quente do ano com temperaturas que variam de 37 a 40 graus, principalmente em cidades do sul do estado.

Além do calor, a umidade do ar abaixo dos 20 por cento favorece o surgimento de novos ficos.

Em setembro quatro municípios do estado aparecem na lista dos dez do país com maiores registros de queimadas até agora.Alto Parnaíba com 366 focos , Mirador com 295, Grajaú com 289 e Barra do Corda com 205 são os campeões de queimadas este mês.

O fogo avança no cerrado e pode prejudicar a safra de frutos como o pequi e o bacuri, além de causar prejuízos para grandes e pequenos produtores rurais.

Em Balsas quatro fazendas foram atingidas por incêndios nos últimos dois meses. Além de atingir a palhada que serve para proteger o solo o fogo queimou máquinas e construções em algumas fazendas. A Aprosoja – Associação dos produtores de soja e milho do estado disse que avalia pedir o envio da Brigada Nacional.

“Não podemos continuar tendo prejuízos dessa forma, é preciso que a lei seja cumprida e que os responsáveis sejam punidos” Disse o presidente da Aprosoja Maranhão, José Carlos de Paula.

O governo do Maranhão disse que desenvolve a Campanha Maranhão Sem Queimadas e que monitora as áreas de maior risco de fogo numa sala de situação em São Luís que analisa em tempo real imagens de satélite fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. 150 brigadistas do Corpo de Bombeiros já ajudaram a controlar mais de 2 mil focos em todo estado somente este mês. Segundo o coronel Magnum a operação faz a repressão e também a prevenção. ” se identificarmos qualquer sinal de fogo criminoso o responsável é imediatamente conduzido para uma delegacia de polícia para responder pelo crime, mas também orientamos os agricultores sobre os cuidados com o uso do fogo nesse período, afinal com o vento e o tempo seco, as chamas se propagam muito rapidamente” Disse o coronel.

O Maranhão segue liderando o ranking de queimadas este ano com 10.201 focos a frente de estados como Mato Grosso, Tocantins , Bahia e Pará que tradicionalmente queimam bem mais. O Mato Grosso por exemplo conseguiu reduzir em 80% o número de focos na comparação com o ano passado, enquanto que no Maranhão a redução foi de apenas 12% na comparação com o mesmo o período de 2024.